Mentira braba



Pode ser que você leia por aí que haverá um blog, co-ocorrente com este que por vós é lido, responsável pelos assuntos sérios da mesma mente que brinca de toilette neste espaço.

Pois fiquem sabendo vocês que é tudo mentira: a postagem lá foi só pra verificar se havia diferença na formatação. Vocês sabem, ontem eu fiquei mais de uma hora pra arrumar as quebras de linha do post; o blogspot escondia frases inteiras atrás da moldura, se vocês querem saber.

Abandonai toda esperança vós que entrai; até parece que alguém agüentaria manter dois blogs sozinho, e sendo um sobre assuntos sérios. E, principalmente agora, que eu sei que o Ópera e o Internet Explorer cagam a formatação, mas o Firefox deixa tudo bonitinho e ainda tem corretor ortográfico automático.

Tradução: sacaneei.

A Picanha como metáfora da mulher boa

Já faz muito tempo que eu venho dizendo isso, mas tá na hora de escrever num cantinho que eu possa chamar de meu.

Seguinte: vamos parar com essa putaria de osso, faz favor. As magrelas e cu doces que me desculpem, mas mulher é como picanha. 



O primeiro passo pra apreciação da boa carne é saber a hora exata 
de retirar do fogo. Pode pensar a minha leitora - quer dizer que as 
mais velhas estão por fora? 

Não, eu responderia, nem um pouco; para a idade, pras mais velhas vale a metáfora do vinho, pras mais novas, a da fruta. E antes que o leitor fique por demais ansioso, eu adianto: estamos tratando aqui do tempo que se deve levar para o preparo da refeição - picanha se come mal passada, no máximo ao ponto. Para os que ainda não entenderam, significa nada de enrolação. O fogo aproxima o sabor de todas as carnes, igualando a picanha, o filet mignon ao coxão duro, ao gato; e o gosto da espera se torna superior ao gosto da refeição em si, o que é fator agravante.

Além disso, o que dá o verdadeiro sabor à picanha é aquela capinha de gordura. É permitido que alguns gostem da gordura mais grossa, outros gostem da gordura mais fina, mas a presença do tecido adiposo é obrigatória! Aquele que tem nojo da gordura tem nojo do próprio gosto da carne, e portanto, aqui na nossa metáfora, é equivalente ao vegetariano.

Então, minha querida leitora, esteja avisada: se o seu namorado tem um tesão descontrolado pela 
Nicole Kidman, muito cuidado. Você pode acabar surpreendendo o gajo se fartando com carne de soja - aquela, que de longe até engana, mas de perto, ah, o prazer proporcionado é completamente diferente.