Voltando de férias

As férias acabam, o BBB retorna, o trabalho retorna, e com toda essa desgraça, alguma coisa boa tem que acontecer! Retorna também, para o meu, o seu, o nosso deleite, Arnoldo, a Πανάκεια do humor internético! E, para prolongar as vossas férias, caro leitor, e vos enrolar de maneira digna, conto a seguir trechos da parte mais interessante das minhas próprias férias, a saber, a semana que passei em Salvador!

Ai, credo! Os parágrafos que virão foram inspirados¹ no blog Touring-touring!

Quinta-Feira, 8 de janeiro.

Então, o segredo de uma boa viagem é o planejamento. Perceber que esqueceu de levar cuecas porque deixou pra arrumar as malas no último minuto não estava entre os meus planos, não desta vez. O avião saía no sábado dia 10, e no dia 3 eu já estava planejando com que roupa sair em cada dia daquela semana e da seguinte, tendo em mente os dias em que a roupa seria lavada, contando com possíveis atrasos devido ao mau tempo, de maneira tal que, no mais tardar, quinta-feira, dois dias antes do vôo (foda-se, novo acordo gramatical), toda a roupa a ser levada estivesse limpa e disponível para ser colocada na mala. E por mais maluco que isto possa soar (descontando-se aqueles leitores que não ouvem minha voz enquanto lêem os meus textos), funcionou tudo perfeitamente: quinta-feira eu separei toda a roupa de viagem, dispus sobre a minha cama, e coloquei junto todo o mais que seria levado e eu não usaria mais antes de viajar. Tomei o cuidado de verificar se não faltava nada; caso faltasse, ainda haveria sexta-feira para comprar/buscar/ir atrás.

Depois que eu tinha arrumado tão metodicamente meus pertences, minha mãe saiu para comprar pão, meu pai foi levar meu irmão em algum lugar, e fiquei eu em casa tomando conta² de minha vó. Enfim, zero mais zero é igual a zero. Imagine, impressionável leitora, aquela cena clássica de filme B em que gosmas assassinas invadem o planeta: um desavisado energúmeno ouve rock pesadíssimo, cujas apenas notas agudas escapam de seu fone de ouvido e palidamente se espalham pelo ambiente, apenas para que o telespectador saiba o que ele escuta. Ao mesmo tempo, em seu rosto brilha a luz azulada vinda da tela do computador, que o figurante olha com concentração tal que nem percebe que sua boca está entreaberta. A câmera então filma o teto do quarto, por onde uma massa disforme, pegajosa e gosmenta se desloca ameaçadoramente em direção ao incauto humano. Os telespectadores gritam para que ele olhe para trás, para cima, cuidado, mas é inútil; ele não os pode ouvir, e mesmo se pudesse, está com fones de ouvido. Então, algumas gotas transparente-avermelhadas da gosmenta criatura, atraídas pela gravidade, caem, atingindo-o na face ou nos óculos. Ele estranha, olha para cima e toda a criatura se precipita sobre ele, que mal tem tempo de gritar. A tela fica toda preta por alguns instantes, e o título do filme aparece. Foi quase isso que aconteceu comigo, mas eu só revelarei no próximo capítulo, porque gosto de fazer suspense, e a postagem ficará muito grande se eu continuar agora³.
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1. Inspirados = não sabia o que fazer e descaradamente roubei o modelo de postagem. Graças a São Google o blogger permite alteração de fonte e cor da letra.

2. Por tomar conta, entenda-se: eu ouvindo música no estúdio, ela na garagem pedindo socorro aos transeuntes porque está sozinha em casa e não sabe onde colocou a chave.

3. Na verdade, é tudo jogada para aumentar a audiência. Por favor, não me faça implorar.

3 comentários:

Quéroul disse...

pode continuar já!

très julie disse...

pois é, cadê a continuação? quero ver outra pessoa que não eu escrevendo sobre salvador!

cowy disse...

emil, emil, esse artifício é artifício de pessoas folgadas e preguiçosas.


muito errado, menino, muito errado.